Texto de: Alexandre Paredes
A casa de pedra ou
de madeira abriga-nos do frio e das intempéries da natureza, enquanto o
verdadeiro lar é o refúgio que abriga os corações e protege-nos das tempestades
da vida.
O emprego e o
empreendimento fornecem-nos as condições para o sustento do corpo; o trabalho
edificante e realizado com amor e boa vontade é o sustento da alma.
Os sistemas de
vigilância, a polícia e as armas proporcionam a segurança em nossa sociedade,
porém somente o bem que parte de nós é o que pode impedir que o mal nos atinja
de fato.
Os códigos e as
leis garantem a justiça e o equilíbrio nas relações do mundo exterior, mas
apenas o cumprimento de nossos deveres morais garante o acesso aos nossos
direitos prescritos pelas leis eternas.
O pão, o ar que respiramos
e a água são o alimento para o corpo; a oração e a meditação são o alimento
diário do espírito.
A saúde do corpo
reclama boa alimentação, descanso, atividade física, medicação, hospitais,
médicos, saneamento básico; no entanto, a saúde plena e duradoura, assim como a
verdadeira cura, exige a nossa reeducação interior.
A educação para a
vida material exige-nos estudo, leitura, material didático, professores,
escolas; contudo, para alcançarmos sabedoria, é preciso algo mais: é necessário
o olhar para dentro, sentir com o coração a nossa real essência, olhar para a
vida com “olhos de ver”, ouvir em silêncio os recados que a vida tem a nos
dizer.
Moradia, emprego,
segurança, justiça, alimento, saúde e educação são necessidades básicas do ser
humano para a vida material. Mas não ignoremos que as reais necessidades
residem na alma, e para atendê-las, é necessário sempre um movimento de dentro
para fora.