Texto de: Alexandre Paredes
A raiz de nossas doenças encontra-se em nossas emoções, crenças,
sentimentos, condutas e padrões de comportamento.
O caminho da doença é de dentro para fora. Então, a cura real de nossos
males também só pode acontecer de dentro para fora.
Sentimento de culpa, medos persistentes, inflexibilidade,
ressentimentos, raiva guardada por muito tempo, descrença na capacidade de ser
feliz, falta de alegria de viver, auto-rejeição, baixa autoestima, traumas ou
experiências não bem digeridas e tantos outros comportamentos ou estados
negativos são a “fôrma"; a doença é só a “fórma".
Os agentes patológicos somente se instalam onde encontram “alimento”.
Pouco adianta, por exemplo, dedetizar uma casa cheia de baratas se essa casa
não for devidamente higienizada todos os dias. Matam-se as baratas, mas se
deixamos alimento espalhado pela casa, novas baratas aparecem.
Nosso corpo físico é nossa casa. O alimento das doenças são os padrões
emocionais e mentais negativos. Quando dizemos que nossa imunidade está frágil,
a raiz dessa fragilidade está na mente e nas emoções. Matam-se as bactérias, os
vírus, cura-se o corpo, mas se não atuamos na raiz, novas doenças surgem.
Não estamos, com isso, desprezando os fatores ambientais e físicos que
impactam a saúde, como alimentação, sono, desgaste, contaminação, hábitos de vida,
saneamento básico. Porém, os fatores preponderantes na gênese das doenças estão
na mente e nas emoções.
Até mesmo nossos vícios, como excesso de bebidas alcoólicas, fumar
demasiadamente, abusar de drogas ilícitas, vício por jogos, entre outros,
somente se instalam quando há uma predisposição psicológica que os sustentem.
Essas afirmações parecem estranhas quando vemos doenças genéticas,
doenças que se instalam desde a infância ou de nascença. Mas isso ocorre porque
não começamos a existir quando nascemos neste corpo físico da vida atual. Já
vivemos antes, tivemos outras existências físicas, e herdamos um passado de
padrões emocionais e condutas cujas consequências se refletem na vida atual. Da
mesma forma, padrões emocionais, mentais e condutas da vida atual se refletirão
nesta e em vidas futuras.
Entendendo essa lei da vida, compreendemos melhor que não estamos
submetidos às leis do acaso ou de um efeito randômico, que escolhe
aletoriamente as pessoas que ficarão doentes. A doença é sempre um convite para
reflexão, para um olhar para dentro. Mas pode ser também somente uma prova
escolhida por nós mesmos antes de nascermos, porque entendíamos que ela teria
um papel educativo e necessário para nossa alma.
Enquanto a medicina terrestre olhar somente para matéria, estará
olhando somente para a ponta do iceberg. Embora a medicina convencional,
consiga combater doenças, com os seus mais variados nomes e classificações no Código
Internacional de Doenças, o ser humano continua doente. E enquanto houver
doentes, haverá doenças.
Somente haverá cura real quando houver a cura do ser humano naquilo que
ele tem de mais profundo.