Eu te vejo, Pai, na beleza da vida, na felicidade, na simplicidade do amor, na alegria, na calma, mas, também, na aspereza da dor, que educa e aperfeiçoa a minha alma.
Eu te vejo no sorriso ingênuo da criança, nas rugas do ancião, na lágrima que clama por justiça, na esperança... E na sublimidade do perdão.
Eu te vejo, meu Deus, na flor colorida, perfumada e bela; mas te encontro, da mesma forma, no espinho
que a sustenta e no adubo que fertiliza a terra.
Eu te encontro na mão amiga a me socorrer nos instantes de aflição, ou, ainda, naquele que me fere e que me faz sofrer, e se torna teu instrumento a fim de burilar o meu coração.
Posso te sentir no tempo que passa e que tudo transforma. Eu te vejo na luz do anjo ou nas sombras daqueles que ainda não sabem servir, mas vejo-te, também, na pedra, na planta, no verme que espera o porvir.
Eu te vejo na paz daquele que te encontrou; eu te vejo na inquietação, na angústia da busca e na busca que nos leva à perfeição.
Posso ver-te, Senhor, em tudo: na doença, na saúde, no remédio ou na cura, no dia ou na noite escura, na oportunidade da vida ou até mesmo na morte que nos faz conhecer a verdadeira vida.
Em tudo posso ver a tua bondade, a beleza da Criação e a perfeição de tuas leis, que nos conduzem à alegria permitindo a tristeza, que permitem alguns instantes de infelicidade para que possamos crescer e aprender, e sermos felizes para o resto da eternidade.
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