Poema de: Alexandre Paredes
Pergunta o
homem desde o princípio
Somos autores
de nossa própria história?
Existe destino? E onde fica o livre arbítrio?
Nosso futuro está escrito
Em algum lugar do céu estrelado?
E se meu caminho já foi traçado
Pra quê o esforço, se cada um está fadado
Ao fracasso ou à vitória?
Responde o sábio pelas páginas do infinito:
“A semeadura é livre, mas a colheita, obrigatória”
Se vamos colher espinho, se vamos colher morango
Depende da semente que a gente escolhe
Se vamos colher sorrindo, se vamos colher chorando
Depende do jeito que a gente colhe
Pois, se é certo que quem planta espinho não colhe flor
E quem semeia ódio não ceifa amor
Se serve de consolo
Do barro jogado se faz tijolo
Do veneno destilado se faz o soro
A gente faz medicamento da erva amarga
E do limão azedo, a limonada
Dos espinhos plantados, a cerca viva
E se extrai beleza da lágrima vertida
Mas quem só reclama, blasfema, se revolta
Contra as sarças do caminho que ele mesmo lá plantou
Atira pedras, cacos de vidro e lixo à sua volta
Torna mais difícil a jornada adicionando ainda mais dor
Lei de causa e efeito, ação e reação
Não é lei de pecado e punição
De um Deus humano pelo homem imaginado
Que só pensa que o mal deva ser castigado
Essa Lei é oportunidade de aprendizado e evolução
De um Deus-Pai de justiça e amor ilimitado
Ele nos dá tempo ao tempo
Para absorvermos cada experiência
Para despertarmos para o arrependimento
Com o desenvolvimento da nossa consciência
Ela é nosso juiz e advogado
Nos mostrando quando algo vai errado
Nos chamando ao desejo de reparação
Quando fazemos o mal ao nosso irmão
E, então, de coração renovado
Pedimos a Deus uma nova encarnação
Para passar por tal vivência ou tal provação
E, assim, o espírito culpado
Escolhe o roteiro a ser seguido
Visando retornar com o espírito redimido
À verdadeira vida, à vida espiritual
A vida da alma imortal
Se existe um destino, uma fatalidade
Essa, sim, é a da imortalidade
E a de alcançarmos, todos, a suprema felicidade
Após muitos milênios de depuração
Passando várias vezes pela porta da reencarnação
Se existe um destino, uma fatalidade
É a de que vamos adquirir total sabedoria
Descobrindo em nós a plena verdade
É a de que cada um viverá a eterna alegria
Amando a todos sem distinção
Amará a quem odeia ou já odiou
Que cada um verá a Deus, no seu coração
Pois foi para isso que Ele nos criou
Para amarmos como Jesus nos amou
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