Texto de: Alexandre Paredes
Em toda parte, em todas as culturas e povos, encontraremos traços da presença de Deus entre os homens, mas, como ainda estamos muito distantes da comunhão perfeita com nosso Pai, há sempre que fazermos a distinção daquilo que vem de Deus e o que vem dos homens.
De tempos em tempos, Instrutores Espirituais vêm ao plano físico
ensinar-nos valores morais; o homem, por sua vez, instituiu o moralismo.
Prepostos do Alto, no transcorrer dos séculos, trazem-nos as luzes
da verdade; o ser humano, por outro lado, estabeleceu os dogmas.
Embaixadores Celestes, em todas as épocas e regiões do planeta,
encarnados na figura de pessoas simples, mostram-nos o caminho e
exemplificam-nos a virtude; o homem criou os cultos exteriores.
Deus criou-nos à sua imagem e semelhança, mas, no caminho inverso,
temo-Lo feito à nossa imagem e semelhança, imaginando-o como um Senhor com
todas as imperfeições humanas, vingativo, cruel, que deve ser temido, em vez de
amado.
A Sua palavra encontra-se por toda parte e está grafada na
consciência de cada criatura, mas nós pretendemos aprisioná-la em livros
sagrados, como se ela pertencesse a uma só cultura, um só povo escolhido,
privilegiado.
Nosso Pai que está nos céus enviou-nos Jesus; nós O crucificamos,
ou, muitas vezes, O esquecemos.
Jesus trouxe-nos a Boa Nova, esse maravilhoso compêndio de
ensinamentos para uma vida feliz entre os homens; Ele ensinou-nos e
exemplificou-nos o amor nas praças públicas, no alto do monte, na casa de um
pescador, num barco; porém temos escondido esse código de leis eternas dentro
de igrejas e monastérios.
O Pai Celestial criou a oração como forma simples e cristalina de nos
comunicarmos com Ele, por meio do pensamento; os homens, de outro modo,
instituíram o sacerdócio, interpondo representantes entre Ele e nós, esquecidos
de que Ele é quem escolhe Seus representantes, e não nós.
Em toda parte, em todas as culturas e povos, encontraremos traços da presença de Deus entre os homens, mas, como ainda estamos muito distantes da comunhão perfeita com nosso Pai, há sempre que fazermos a distinção daquilo que vem de Deus e o que vem dos homens.
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