Poema de: Alexandre Paredes
A paciência é a ciência da paz
É a consciência de que a calma
Não vem de fora, ninguém a traz
Mas ela é cultivada em nossa alma
Ninguém pode perder a paciência
Porque quem a tem jamais a perde
E se a perde é porque há insuficiência
De fé para suportar o peso que carregue
Como encontrar a calma diante da dor
Sem confiar que ela vem para um bem
Sem saber que ela é nosso maior professor
A nos transformar e a nos levar a mais além?
A paciência de verdade somente se conquista
Quando a gente entende e não perde de vista
Que a vida tem momentos de alegria e tristeza
Mas que, em tudo, há luz, verdade e beleza
Mesmo os momentos mais amargos
São o prenúncio de dias mais felizes
Que todas as vivências são aprendizados
E as dores de hoje se tornarão cicatrizes
Quem vive a paciência sabe que tudo passa
Mas sabe também que é preciso viver o agora
Que o presente é dádiva, bênção, uma graça
E sem vivê-lo plenamente, ele não vai embora
A ciência da paz é escolher a paz a cada dia
E saber que ela só vem tendo o bem como guia
É ter ciência de que ela não é a linha de chegada
Mas, sim, como a gente faz a nossa caminhada
Viver com paciência é não desperdiçar energia
Com aquilo que não está em nossas mãos mudar
É discernir o que pode ser mudado com sabedoria
Mas, para a sementeira crescer, é preciso esperar
Esperar não é o mesmo que não fazer nada
Mas entender que em tudo tem a nossa parte
E tem também aquela parte que não nos cabe
Agindo com esperança sem abandonar a escalada
A força da paciência é maior que a força da força
Não força, espera, não revida, perdoa, liberta
Avança no bem, silencia diante do mal que se ouça
Age com amor, luta com fervor, mas sem fazer guerra
Você pode perguntar onde deve estar a receita de
bolo
Para conquistar a paciência nesse mundo tão
atribulado
Ora, busque sempre a paciência todos os dias e o
dia todo
Que um dia, após tanto esforço, ela andará ao seu
lado
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