Texto de: Alexandre Paredes
Queria ser a Lua, lembrar-te a luz do Sol nos momentos de aflição, mas, às vezes, lembro a escuridão e mostro a minha face oculta.
Queria te levar no colo, tirar os espinhos, remover as pedras do teu caminho, mas, às vezes caio em buracos e preciso de ajuda.
Queria ser forte e valente, proteger-te dos perigos que a vida traz, mas, às vezes, sou fraco e preciso de alguém que me dê forças para continuar a luta.
Queria ser bálsamo, aliviar tuas dores, transformar os espinhos em flores, mas, às vezes, a fadiga me ataca e preciso de alguém que me dê forças para continuar a labuta.
Queria ser farol, iluminar o teu caminho, mostrar teu destino, mas, às vezes, sou apenas um vaga-lume, uma luz que acende e apaga, como estrela diminuta.
Queria ser melodia, embalar-te na alegria, descansar teus ouvidos, mas, às vezes, sou ruído, sons sem sentido, uma voz que não se escuta.
Queria nunca te magoar, estar sempre sorrindo, fazer-te sonhar, mas, às vezes, sou chuva fina, dor aguda, aflição gratuita.
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