Texto de: Alexandre Paredes
"Homem não chora", "Não relaxa", "Homens não prestam", "Não tenho tempo", "A felicidade não foi feita pra mim"; "A humanidade não tem jeito", " O bem é coisa rara", " No meu tempo era melhor", "O amor verdadeiro não existe".
Já pensou no poder das palavras? Elas refletem nossas crenças, muitas delas limitantes. Por que limitantes? Porque se eu acredito que não devo relaxar, eu não relaxo mesmo, nunca. Porque se eu creio que homens não choram, engulo minhas emoções e elas literalmente me engasgam ou me causam gastrite, ou se manifestam no meu corpo de algum modo. E, no fim das contas, não consigo chorar.
Se eu creio que a humanidade não tem jeito, não terá mesmo, até porque a humanidade começa por mim, e seu creio que a humanidade não tem jeito, então eu também não tenho jeito. E se eu acredito que não tenho jeito ou que ninguém tem jeito, não me esforço por me tornar uma pessoa melhor, nem me engajo para mudar a realidade ao meu redor.
Felizmente crenças podem ser mudadas, mas é necessário que identifiquemos as nossas crenças limitantes e nos perguntemos: "Será que essa minha crença é verdade mesmo? Ou é só uma crença fruto das minhas experiências mal-sucedidas ou daquilo que me ensinaram?"
Nossos traumas ou vivências negativas costumam retroalimentar nossas crenças negativas. Se uma pessoa não crê que possa ser feliz, ela sequer buscará os meios para encontrar a felicidade que procura. Como resultado, encontrará, cada vez mais, situações que a infelicitem, que, por sua vez, reforçarão a crença de que "A felicidade não foi feita para mim".
Como sair desse círculo vicioso? Primeiro, é necessário identificar, tomar consciência daquelas sentenças que proferimos que punem a nós mesmos, que nos limitam ou nos impedem de sermos o que somos, para que possamos mudá-las em nós.
Não se trata de sair por aí apenas repetindo frases positivas, como se fossem fórmulas mágicas que não precisassem ser sentidas ou interiorizadas. Mas se trata de um esforço de pensar e sentir a vida sob outro prisma, ou de um ponto de vista mais elevado, de ver a vida, as pessoas e a nós mesmos como se fôssemos um observador no alto de um monte, e perceber que, se abaixo de nós há tantas misérias, sofrimentos e dificuldades, acima de nós está o infinito.
Trata-se de compreendermos que os resultados negativos ou positivos que obtemos são decorrentes do que pensamos, cremos e sentimos; são resultado da nossa reclamação constante ou do nosso senso de gratidão perante a vida. São resultado do que emitimos, vibramos a cada momento.
Não se trata de colocar uma máscara da positividade, mas de retirar a máscara da negatividade que temos vestido e investido durante tanto tempo, e descobrir quem realmente somos e toda a luz que possuímos, para que possamos dizer a nós mesmos a cada dia que amanhece ou que passa: "Brilhe a vossa luz".
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