sexta-feira, 22 de abril de 2011

A chave do coração

Poesia de: Alexandre Paredes




Para encontrar o caminho da felicidade

É preciso abrir a porta do coração

Acender a luz da caridade
E encontrar a chave do perdão

No coração encontram-se latentes

As sementes do amor e da verdade
E a força interior vivente
Capaz de salvar a humanidade

Se permitirmos em nossa vida
Acumular o entulho da mágoa
Será então como artéria entupida
Impedindo fluir a alegria em nossa alma

Perdoar é esquecer a mágoa
Mas sem esquecer quem nos magoou
Não é aprovar a ofensa ou fingir que não foi nada
Mas amar e entender o ofensor

Para ser livre de toda dor em seu peito
Ame a vida, ame o outro, ame o mundo
Ame muito, lá do fundo
O homem, apesar de tudo, ainda tem jeito

Busque em você a sua luz interior
Ela é um farol a ser ligado a qualquer momento
Mas que tem um pequeno interruptor
Que não pode ser acionado de fora para dentro

Só você pode achar o caminho onde vai dar
Os seus sonhos mais queridos
Mas não viva só do seu próprio bem-estar
Enquanto o mundo traz consigo toda a dor dos excluídos

Estenda a sua mão a quem lhe pede pão
Escute a voz de quem tem tanto a falar
Quem faz do outro seu irmão
Não encontra a solidão e faz do mundo o seu próprio lar

Não deixe que a tristeza lhe torne alguém triste
Nem mesmo que a amargura em amargo lhe transforme
Por trás de toda dor que às vezes tanto insiste
Existe uma lição pra que sua alma se reforme

Quem encontra em seu íntimo o consolo da fé
Sossega a vida, acalma a ferida que está doendo
Busca a chama do bem e enfrenta tudo o que vier
Acende o fogo da esperança e o mal foge correndo

Todo bem que sai de nós é uma estrela a luzir
Que povoa o nosso céu em nosso barco a navegar
E nos mostra o caminho quando o mal nos faz cair
E quando cai a tempestade em meio ao alto mar

Quem ama de verdade não tem medo do amanhã
Não teme sua sorte, nem a morte com seu véu
Tem certeza que, no além, a vida resplandece em nova manhã
E faz do próprio coração o seu próprio céu


Face oculta

Texto de: Alexandre Paredes

Queria te levar no colo, tirar os espinhos, remover as pedras do teu caminho, mas, às vezes caio em buracos e preciso de ajuda.

Queria ser forte e valente, proteger-te dos perigos que a vida traz, mas, às vezes, sou fraco e preciso de alguém que me dê forças para continuar a luta.

Queria ser bálsamo, aliviar tuas dores, transformar os espinhos em flores, mas, às vezes, a fadiga me ataca e preciso de alguém que me dê forças para continuar a labuta.

Queria ser farol, iluminar o teu caminho, mostrar teu destino, mas, às vezes, sou apenas um vaga-lume, uma luz que acende e apaga, como estrela diminuta.

Queria ser melodia, embalar-te na alegria, descansar teus ouvidos, mas, às vezes, sou ruído, sons sem sentido, uma voz que não se escuta.

Queria nunca te magoar, estar sempre sorrindo, fazer-te sonhar, mas, às vezes, sou chuva fina, dor aguda, aflição gratuita.

Queria ser a Lua, lembrar-te a luz do Sol nos momentos de aflição, mas, às vezes, lembro a escuridão e mostro a minha face oculta.
 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Última Hora e Ele

Este vídeo é de uma apresentação que fiz no ENCONTRO-ME 2010 (Encontro de Mocidades Espíritas do Distrito Federal), que reúne a garotada do DF

A primeira música é Última Hora e a segunda, Ele (mais uma vez), ambas de minha autoria


Seguem as letras:

ÚLTIMA HORA
Letra e Música: Alexandre Paredes

Por sobre o sangue dos mártires
Erguemos templos, vaidades, fogueiras
Santificamos os sábados
E esquecemos de você em nossas feiras

Mas como o filho pródigo que um dia volta
Retornamos como náufragos de nossa história
E o mesmo homem que um dia fez a guerra
Hoje vem semear a paz na nova terra

Vejo línguas de fogo sobre nossas cabeças
São as vozes de uma multidão de estrelas

Matamos os povos bárbaros
Para mostrar como somos civilizados
Criamos cultos e símbolos
Pra poder esquecer a voz do crucificado

Mas como o filho pródigo que um dia volta
Retornamos como náufragos de nossa história
E o mesmo homem que um dia fez a guerra
Hoje vem semear a paz na nova terra


Vejo línguas de fogo sobre nossas cabeças
São as vozes de uma multidão de estrelas
Vejo línguas de fogo sobre nossas cabeças
É a voz do Consolador a nos iluminar
É a voz da Verdade sobre nossas cabeças
Para a última hora vem nos convidar


A letra da música Ele está em outra postagem

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O amor

Texto de: Alexandre Paredes

O amor não precisa de palavras, porque é simples
Ninguém sabe explicar, mas todos entendem, quando sentem
O amor se expressa no toque, na carícia, no gesto... no jeito
No sorriso ameno dos momentos difíceis... no beijo
No silêncio de compreensão que espera a raiva passar
No abraço, no aconchego, do peito, das pernas
Do coração que palpita, que acelera
No dar e receber
No dar... corpo e alma
No vazio da ausência, da falta que faz
No medo de perder
Na insegurança de não ser mais
Na presença amiga, no carinho, no afeto,
Na paz.