quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Autocuidado

Texto de: Alexandre Paredes 


Buscar ajuda não é sinal de fraqueza, nem de fracasso, nem de que “sou uma pessoa com problemas”. Buscar ajuda é reconhecer que precisamos armazenar para doar, reter para espraiar, iluminarmo-nos para iluminar; precisamos ter onde nos apoiar para poder socorrer quem está se afogando, pois ninguém ajuda uma pessoa que esteja nessa situação se estiver se afogando também.

 

Então se tratar não é sinônimo de ser um problema, buscar ajuda não é um fracasso, cuidar de si mesmo não é egoísmo. Muito pelo contrário, ter autocuidado é cuidar indiretamente daqueles que nos cercam, e a falta de autocuidado é, geralmente, acarretar problemas ou sobrecargas a quem está ao nosso lado. Um violino desafinado pode prejudicar toda uma orquestra.

 

A vida é um processo constante de dar e receber. Ninguém consegue só doar o tempo todo, dar frutos o tempo todo, ter excelência o tempo todo, estar bem o tempo todo. Nenhuma árvore dá frutos o ano inteiro, e o fruto leva tempo para chegar, pois precisa passar por um processo: A planta precisa germinar, crescer, florescer, para então dar frutos.

 

A natureza nos dá exemplos dessa troca permanente, desse dar e receber: As flores abrem-se para o mundo e doam seu pólen, suas cores vibrantes, seu perfume; as abelhas polinizam as flores; os animais alimentam-se dos vegetais e espalham suas sementes; estas, por sua vez, precisam da terra, da água e do Sol, para brotarem e fixarem raízes.

 

Assim, buscar os recursos da natureza, de profissionais terapeutas, buscar o auxílio de outras pessoas e instituições que estejam em condições de nos ajudar, para encontrar mais harmonia, mais autoconhecimento, maior consciência no viver, mais compreensão das nossas dores e os caminhos que podemos tomar para amenizá-las, é apenas obedecer a uma lei geral da natureza.

 


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