Poema de: Alexandre Paredes
Não posso prometer-te que não enfrentarás dores
Mas, quando estiveres em prantos, chorarei contigo
Não posso prometer que te carregarei aonde fores
Mas que, em cada degrau, terás em mim um amigo
Não posso dizer-te a direção que darás a tuas
escolhas
Mas jamais te faltará a bússola, o Norte, a
orientação
E do caderno da vida nunca te faltarão novas folhas
Páginas em branco a ser escrito o poema da redenção
Não posso dar-te a mão, pois minha essência é
imaterial
Mas estou sempre ao teu lado a falar pela voz do
tempo
Ofereço-te o próximo para sentires minha presença
real
E pela janela da tua prece iluminar-te-ei o
pensamento
Perceberás a minha Providência se tiveres olhos de
ver
Se ouvires tua intuição e observar o socorro
inesperado
Quando, de repente, sejas visitado pela alegria de
viver
Sou Eu quem se aproxima de ti, e não a força do
acaso
Não posso substituir-te nos momentos de aprendizado
Especialmente quando te parecer insuportável a
lição
Ainda quando o sabor da prova se mostrar mais
amargo
Mas terás sempre o remédio da fé a sustentar teu
coração
Tudo posso, sou onipotente, mas nem tudo me convém
Porque nem tudo o que me pedes seria o melhor para
ti
Às vezes, quando a dor bate tua porta, é para o teu
bem
E também para lembrar-te que a verdadeira vida não
é aí
Mas sempre te ofereço o Caminho, a Verdade e a Vida
Por meio Daquele que se fez carne para ser a minha
voz
Para que do meu rebanho nenhuma ovelha seja perdida
E para lembrares que meu amor sempre estará em vós
Sou o Verbo, sou a Palavra, mas nem tudo está
escrito
Minha vontade está grafada no imo de cada
consciência
Não me procures apenas nos templos ou em algum
livro
Pois falo no silêncio, no infinito e na pureza da
inocência
Sabes que sou onipresente, estou presente em todo
lugar
Inclusive dentro de ti, do teu irmão e de cada ser
que vive
Então, não me procures tão longe, escuta o rio, veja
o mar
Vivo em teu coração e no daquele que não amas,
inclusive
Meu amor por ti é infinito, sou infinitamente justo
e bom
Não imponho castigos, não condeno nem absolvo
ninguém
Não criei seres com defeitos, nem seres com algum
dom
Tudo é conquista e merecimento, na sementeira do
bem
Tudo criei para progredir sempre, na direção da
perfeição
A nenhum ser dotei de privilégios, nem de males de
nascença
Criei todos simples e ignorantes, e pela lei da
reencarnação
Cada ser erra e acerta, planta e colhe, e adquire
experiência
Toda criatura do Universo carrega em si a minha
centelha
A todos os seres presenteei com a chama da
imortalidade
Cada morte nada mais é do que nova vida que se
abeira
Mais um passo no caminho que conduz à eterna
felicidade
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